Do mesmo autor de “Nada esta tão ruim que não possa piorar. Tudo leva mais tempo do que o todo o tempo que você tem disponível. O modo mais rápido de se procurar uma coisa é procurando outra, você encontra aquilo que não está procurando. Quando te ligam: ... Se tiver caneta, não tem papel... Se tiver papel não tem caneta... Se tiver ambos, ninguém liga.
Quando você liga números de telefone errados nunca estarão ocupados. Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone. Só sabe a profundidade da poça que cai nele. Se você conseguir manter a cabeça enquanto a sua volta todos estão perdendo, provavelmente você não está entendendo a gravidade da situação.
Se tiver escrito tamanho único é porque não serve para ninguém. 80% da prova final será baseada na única aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu.
Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais nada o que fazer senão estudar a matéria dele. A citação mais valiosa para sua redação será aquela que você não conseguiu lembrar o nome do autor.
Se mexer, pertence a biologia...
Se feder pertence a química...
Se não funcionar pertence a física...
Se ninguém entender é matemática...
Se não faz sentido, é economia ou psicologia...
Se mexer, feder, funcionar, ninguém entender e não fizer sentido, é Informática.
A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virada para baixo, é proporcional ao valor do carpete. A fila ao lado sempre anda mais rápido, não adianta mudar de fila, a outra é sempre mais rápida.
Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai. Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada. Toda partícula que voa sempre encontra um olho aberto.
Não adianta amarrar o pão com manteiga nas costas do gato e o jogar no carpete. O gato comerá o pão antes de cair... Em pé. Com quantos paus se faz uma canoa? Depende da canoa!
Sâmara, foi um prazer te conhecer. Espero que tenha gostado do tratado de Marphi e que tenha uma ótima semana. Abraços! Teve vejo ta!
É verdade que café com leite diminui o raciocínio?
Leis de Marphi
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E se sexo ao desse prazer?
Já ser humano é diferente. Nossa sexualidade deixou de ser um instinto e se misturou com psíquico. No processo evolutivo, isso ocorreu quando começamos a produzir cultura. A partir daí, passamos a escolher o parceiro não mais por programação biológica. O sexo deixou de só para a procriação e cada vez mais é fonte de prazer. A única espécie que utiliza o sexo para procriação e prazer sexual é a humana.A mudança foi também biológica. Tanto que as mulheres, apesar do seu período fértil limitado, copulam o ano todo. Pesquisas recentes afirmam que a mulher sente mais desejos sexuais no período próximo e depois das regras.
Se o prazer sexual fosse eliminado isso alteraria não só nosso corpo, que provavelmente teria algum gatinho sexual biológico (algo que chamasse a atenção do parceiro, como cheiros, sons e rituais explícitos), mas também nossas relações sociais.As mulheres, por exemplo, seria procurado somente em época de cópula, acasalamento. Formar uma família seria mais difícil. Há várias hipóteses para o que aconteceria então. Uma das mais interessante é a de que sem o sexo prazeroso seríamos uma espécime menos social.Isso traria grandes implicações. Nosso cérebro, por exemplo, talvez não se desenvolvesse tanto. Os bebês nascem tão frágeis porque um cérebro adulto não passaria entre as pernas da mãe. A solução evolutiva foi nascermos com um cérebro pequeno, que cresce depois. Só aos 5 anos o ser humano consegue ter alguma independência. Sem o apoio social, teríamos que nascer mais acabados, o que acarretaria ter cérebro menor na idade adulta.
Mas e se o prazer desaparecesse hoje, de uma hora para outra? Pode parecer estranho para quem acha que o casamento é o túmulo da Libido, mas o sexo é o alicerce da união estável. Sem as delícias da cópula, o casamento ruiria. O prazer é o cimento para relacionamentos duradouros. Se isso acabasse, os casamentos precisariam de outras compensações sociais ou simbólicas, como a valorização do marido dedicado à família. O homem ideal seria o pai de família, bem distante dos prazeres. Filhos, nesse caso, passariam a ser gerados só de maneira programada. Com o passar dos anos, o casal que decidisse procriar leria um folheto explicativo sobre o assunto e repetiria os procedimentos enquanto assiste á novela.
Como não teria graça, mesmo, é provável que o sexo sofresse menos restrições. Não precisaria ser escondido, por que, afinal, ninguém sairia transando á toa. A nudez não ofenderia tanto. Ou seja, se não fosse tão bom, seria liberado.
Fonte: Revista Super Interessante
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Probabilidade Genética
Vejamos: Qual a probabilidade de que um homem produza um espermatozóide idêntico ao que lhe deu origem?
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Força Fígado
Distribui energia, atende emergências, cuida do lixo, se regenera, faz mil coisas ao mesmo tempo e não reclama do serviço.
Saúde, em seguida a esse voto, o organismo é brindado com goles de um rico combustível misturado a um requintado veneno. Seja uma esportiva cerveja ou um doméstico licor da vovó, toda bebida alcoólica tem essas qualidades paradoxais. O bem só se separa do mal quando o álcool, junto com nutrientes absorvidos durante a digestão, escorrega no sangue, sendo sugado por uma esponja vermelha e escura, no lado direito do abdome. É ali, no fígado, a maior glândula do organismo com seus 8 a 10 centímetros de largura, que parte da bebida é queimada e transformada em energia, enquanto as sobras tóxicas são trituradas e eliminadas feito lixo. E isso é apenas o começo da conversa quando o assunto é fígado, um personagem muito comentado nas bocas que apreciam um trago, embora poucos saibam ao certo qual é seu papel na história.
É com certeza, um papel de primeira grandeza. Literalmente insubstituível, o fígado está no centro do espetáculo de uma série de processos, tanto que sem o órgão, retirado em uma cirurgia ou danificado por doença, não se sobrevive em média por cinco horas, para a agonia de cirurgiões que fazem transplantes, uma atividade de ponta na Medicina Moderna. Toda esta importância costuma ser ignorada e as pessoas, muitas vezes, cometem a ingratidão de retribuir a trabalho do órgão com críticas por eventos pelos quais nem sequer é responsável, como dor nas partes superior do abdome ou ressaca. Os próprios cientistas, embora não pervertem tais disparadas, admitem com candura que ainda têm muito a aprender a respeito dessa nobre víscera.
Já a fama e a glória vão habitualmente para os coadjuvantes: os rins, por exemplo, são consagrados por limparem o sangue, excretando uma substância chamada de uréia que leva embora uma série de moléculas nocivas. A uréia, na realidade, é fabricada pelo fígado, que também produz diariamente 100 gramas de proteínas, 90% do que o ser humano necessita para sobreviver. O fígado, ainda destrói os micróbios que eventualmente driblaram as células de defesa no intestino, possibilitando a absorção de certas substâncias; armazena substâncias; elimina glóbulos vermelhos envelhecidos; e –ufa, manda energia para todo o corpo. No feto, estoca nutrientes para o começo da vida.
Com aproximadamente 2 quilos que se acomodariam na palme de uma das mãos, sem forma muita definida, pois e deixa achatar ao mero contato com os vizinhos, como o rim direito, estômago, o fígado pode ser comparado a uma alfândega. Suas células, especialmente as que recobrem os vasos, agem efetivamente com fiscais aduaneiros: revistam a bagagem do sangue, para separar o que merece e o que não merece ter livre trânsito no organismo. Mas, mesmo que o álcool tenha recebido visto de entrada no organismo, nem sempre suas partículas devem se transformar em energia, algo que, às vezes, o organismo tem de sobra.
Neste caso, o fígado aproveita as partículas de álcool para construir redondas moléculas gordurosas, como uma espécie de previsão para eventuais períodos de jejum. Essa reserva para tempos de vacas magras fica estocada em depósitos situados, por exemplo, na altura da cintura, fenômeno que alguns freqüentadores de bar eventualmente observam no espelho. O processo pode durar até mais de 24 horas, pois, o álcool é metabolizado um pouco de cada vez, à medida que o sangue que o sangue atravessa o fígado, à velocidade de cerca de 2 litros por minuto. È bem verdade que um pouco de álcool que ficou para a próxima rodada, circulando pelo corpo até alcançar novamente a glândula, acaba sendo queimado em outras regiões.
Ainda quando isso ocorre, porém, o fígado não fica fora da operação. Afinal, é quem envia às células o combustível especial do foguete bioquímico. A entrega é feita ao gosto do consumidor, do modo que as células do organismo aceitam, ou seja, sob a forma de glicose, um açúcar solúvel em forma de água, que o fígado fabrica a partir de ingredientes diversos, como os carboidratos do macarrão, os glucídios do chocolate, a lactose do leite. No entanto, se esse trabalho se complica, ou porque a quantidade de bebida é grande ou porque o bebedor está se alimentando pouco, o fígado tenta contornar o problema, orientado pelos hormônios da glândula pancreática que regular os níveis de açúcar no sangue.
Assim, as insolúveis moléculas de glicogênio guardadas nas suas células são convertidas em glicose, como se os hormônios pancreáticos retirassem um alimento da geladeira para o consumo imediato. De fato, as células que formam o fígado armazenam uma série de substâncias para os casos de necessidades. Esse hábito preventivo se manifesta ainda no feto, quando a glândula começa a estocar, aproximadamente após o terceiro mês de gestação, algumas substâncias de que poderá precisar nos primeiros dias de vida, por não estarem presentes, ao menos em quantidade suficiente, no leite materno.
Eventualmente usado para metabolizar doses extras de bebida, o estoque de açúcar no fígado não duro muito, assegurando combustível apenas por um dia. O fígado, porém, ao pode deixar faltar energia ali onde é essencial, no coração e no cérebro, peças vitais na maquina humana.Por isso, para manter o organismo vivo, a vícera faz qualquer negócio: o recurso mais rápido é roubar proteínas dos músculos, desmontando suas moléculas, cujos componentes, carbono, oxigênio e hidrogênio, serão recombinados de acordo com a fórmula da glicose (C6H12O6).
Esse processo de auto-canibalismo ocorre também, quando se faz um regime drástico, sendo uma das causas de fraqueza que o acompanha.Outro recurso utilizado pelo fígado, quando o alarme dos hormônios pancreáticos denuncia a carência de glicose, é mobilizar gordura para fazer com suas moléculas algo semelhante ao que fez com as proteínas musculares. O mecanismo, aliás, é intuitivamente conhecido pelos cozinheiros desde a Idade Média, quando aparece na França o hábito de servir álcool aos gansos a fim de que seu fígado, amaciado pela gordura mobilizada, fique no ponto ideal para a elaboração do patê de foie grãs (fígado gordo).
Uma receita ainda mais antiga mandava o caminho inverso: encher a ave de comida e, de preferência, imobiliza-la para que a sobrecarga de energia crie depósitos gordurosos nas células hepáticos.Essa filtração de gordura facilita o aparecimento de diversas doenças. A ponte entre a Biologia e a gastronomia é sólida e duradoura: afinal a palavra fígado deriva do Latim ficatum, derivado por sua vez do grego fykotón, nutrido com figos, numa alusão às aves a que se dava esse fruto, para conferir um sabor especial ás pastas feitas com seu fígado.
Os romanos podiam entender de boa mesa, mas não eram propriamente doutores em fisiologia do aparelho digestivo. E o fígado permaneceu quase um ilustre desconhecido ao longo dos séculos. Apenas nos anos 60, por exemplo, descobriu-se que os milimétricos cilindros, os lóbulos, formados pelas células do fígado em torno dos vasos sanguíneos são as unidades independentes, ou seja; em caso de doença podem ser extraídos cirurgicamente, sem prejuízos dos lóbulos vizinhos.Até então, o desconhecimento dessa realidade representava um pesadelo para os médicos: freqüentemente os cortes provocavam hemorragias fatais aos pacientes.
Continuam nebulosos, porém, as razões pelas quais na história da vida na Terra o fígado surge apenas nos vertebrados, há cerca de 400 milhões de anos; a vícera é parecida em todos os espécimes, a do porco, porém, é mais semelhante ao fígado humano. Antes dos vertebrados, os seres vivos tinham grupos de células diferentes para realizar cada uma das funções que o fígado veio a monopolizar: o processo parece subverter a direção habitual da evolução dos organismos, cuja pedra de toque é a especialização das funções. Dizer que a hexagonal célula hepática tem mil e uma utilidades não é mera força de expressão: cientistas consideram que certas tarefas por ela realizadas, como síntese de proteínas, são essenciais para outras atividades orgânicas, como a formação de tecidos.
Desdobrando esse raciocínio, a soma das funções alcança, com tranqüilidade, a casa do milhar.Muitos cientistas passam a vida estudando só uma função do fígado. Apesar de toda a versatilidade do órgão, falta-lhe um mecanismo capaz de organizar as prioridades em sua disputada agenda. Ao passarem pelo fígado, é como a se todas as substâncias, de toxinas a nutrientes, desejassem ocupar suas células por uns instantes.
Como na velha dança-das-cadeiras, onde quem não senta cai fora do jogo, às partículas que não encontram lugar disponível no fígado são expulsas na corrente do sangue, por uma veia larga, a centrolobular, que vai a direção, ao coração.As partículas rejeitadas fazem então uma longa volta por todo o organismo, até uma nova oportunidade, quando tornam ao fígado ou junto ao sangue oxigenado, que o irriga ou com o sangue carregado de substâncias do intestino, baço e do pâncreas. Nessa competição metabólica não basta chegar primeiro: a quantidade também conta. Quanto maior o número de moléculas de uma dada substância, maior a probabilidade de encontrarem pouso nas células hepáticas.
Dessa maneira, se a maioria das suas 50 bilhões de células, algo como 5 centésimo do total existente no corpo humano, está queimando moléculas de álcool em certo momento, o fígado pouco pode fazer se bater à sua porta, de repente, uma droga de efeito muito tóxicos. Isso explica por que algumas pessoas, sob efeito de bebidas alcoólicas, sofrem intoxicações às vezes fatais, até por medicamentos aos quais já estavam acostumados.
Contudo, é comum atribuir-se a essas sobrecargas uma série de sintomas que nada tem a ver com o fígado. Não é raro, por exemplo, ouvir alguém reclamando, por exemplo, ouvir alguém reclamando de dor de fígado, após uma refeição pesada. Não se pode negar a dor alheia, mas uma coisa é certa: é muito mais provável que a origem do mal-estar esteja em outro órgão do aparelho digestório.
O fígado pode até ter muito trabalho para quebrar as gorduras ingeridas, mas nunca reclama do serviço, ou seja, se reclama, reclama em silencio, pois nem sequer possui nervos para mandar ao cérebro a mensagem que produz a sensação dolorosa. É bem verdade que o fígado é recoberto por uma membrana, esta, sim, cheia de nervos. Contudo, só há dor em duas situações específicas: nas doenças graves em estágio avançado, nas quais, o fígado pode crescer até cinco vezes, ou nas infecções agudas em que uma hora para outra a glândula incha. Já nos casos de doenças que desenvolvem lentamente, como muitas hepatites crônicas, os nervos da dor se estendem aos poucos e não produzem sensação alguma.
Outra crendice é associar estados de embriaguez ou de ressaca ao fígado, quando na realidade os sintomas se devem aos efeitos do álcool sobre o cérebro e o restante do aparelho digestivo. Os tão procurados medicamentos à base de alcachofra fazem bem, não porque atuem sobre o fígado, como se imagina, mas porque facilita a digestão.É fato que tanto a bebida alcoólica como qualquer medicamento, maior ou menor grua, ao entrarem nas células hepáticas irritam a sua delicadíssima membrana. Se a agressão for crônica, as células irão degenerar, transformando-se num inútil tecido conjuntivo, semelhante a uma cicatriz: é a cirrose, um problema sem volta. Como diminui sua área de operação, o fígado acaba realizando, num ritmo mais lento, as suas atividades metabólicas.
O fígado normal produz, diariamente, cerca de 700 mililitros de bílis, um líquido de gosto amargo, esverdeada, cujas funções mais importantes são esmiuçar gorduras e eliminar parte da escória do metabolismo. A principal matéria prima para fabricar a bílis são as moléculas de colesterol que o fígado produz ou colhe no sangue a partir das gorduras ingeridas. Só para lembrar, a taxa normal de colesterol no sangue é de 70 à 110 mg/100 ml de sangue. Mas a sua típica cor ferruginosa é dada por uma proteína, a bilirrubina, que surge quando o próprio fígado, junto com o baço e a medula óssea, quebra os glóbulos vermelhos já envelhecidos. Alias, um sinal seguro de que algo está errado com o fígado é quando o organismo não consegue eliminar direito a bilirrubina.
Então, ela se acumula nos tecidos, deixando a pele e os olhos amarelados, sintomas que os médicos chamam de icterícia. Com exceção do açúcar, liberando de acordo com as necessidades orgânicas, o restante da produção do fígado não é feita sob encomenda. Assim, as células hepáticas vivem a seu gosto diversas proteínas, ao combinar os aminoácidos absorvidos na digestão. No entanto, ao há desperdício nesse jogo de armar, pois se alguma proteína voltar intacta ao fígado, após ter circulado pelo corpo em busca de quem a quisesse, as células hepáticas a desmontam e aproveitam o seu material outra vez.
Entre as proteínas mais importantes sintetizadas pelo fígado estão os fatores de coagulação do sangue, que são feitos com o auxílio da vitamina K. Isso significa que o mau funcionamento do fígado pode ser a razão do fato de um corte no dedo demorar a cicatrizar. É por isso que problemas hepáticos podem causar hemorragias. Além de tudo isto, também segundo estudos, na antiguidade, relacionava o fígado ao bom humor. Outra característica marcante do fígado é o seu poder de regeneração (prometeu).
Apesar de tantos avanços, a ciência ainda não encontrou medicamentos capazes de proteger as células hepáticas. Pelo menos é o que diz a medicina convencional, alopatia. Todos concordam que a melhor maneira de dar força ao fígado é trata-lo bem, evitando excesso de alimentos, doses extras de bebidas e a mania de tomar remédios por qualquer bobagem.
Fonte: Revista Super Interessante
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O conceito de Morte
Por vezes as coisas mais simples e óbvias, são as mais difíceis de conceituar e definir. Tal é o que acontece com a morte. Tão difícil é defini-la, como conceituar a sua antítese, a própria vida. A maior das definições que têm sido feitas com relação á morte podem ser chamadas de definições negativas, porquanto se expressam pela via da exclusão. Por outras palavras, dizem que ocorre morte toda vez que não ocorrem certas e determinados fenômenos ditos vitais. Deste ponto de vista estritamente jurídico até que conceituar a morte não é tão difícil: é a extinção do sujeito de direito, ou seja; é o termo legal da existência civil da pessoa.
Tampouco o é deste o ângulo médico: morte é a cessação da vida. Há de se ter presente, contudo, que isto, mais que uma definição é um simples prognóstico de irreversibilidade de um processo vital: a vida não mais há de retornar a este plano. E assim pode-se, licitamente, questionar em que consiste essa vida que não mais há de retornar? E, por conseguinte, qual é o instante em que o caminho se torna unidireccional e sem retorno, podendo-se falar em morte?
Preliminarmente, mister esclarecer, ainda que despiciendo de necessidade, que pelo próprio contexto da matéria que estamos analisando, nos referimos à vida no caso do homem, isto é, do ser humano. Não é que esta seja diferentes dos demais sistemas viventes na sua essência; todavia, ela oferece um negável “plus, ensarte” de sofisticação intelectiva que lhe permita relacionar-se com os demais seres congêneres. È de maneira que, como qualquer sistema vivente, o ser humano exibe intensa negantropia, isto é, é a capacidade de estabelecer a sua ordem ou, por outras palavras, lutar contra a tendência natural do universo a aumentar a entropia, às expensas do constante suprimento de energia. Isto e o que lhe permite ser mais organizada e, ao mesmo tempo, é isto, também, o que na medida em que a sua complexidade, a torna mais instável.
É crucial que, como parte dessa instabilidade, na ausência do suprimento energético necessário, o caminho inverso é inexoravelmente percorrido, levando ao progressivo aumento de entropia, isto é; a disgregação e à desorganização total. Um organismo vivente libera a energia necessária à manutenção do seu nível de organização através do rompimento sucessivo das ligações químicas dos nutrientes que capta do meio, ao longo do processo de respiração que aproveita e exige o oxigênio como aceptor final da cadeia metabólica. Segue daí que a integridade das funções de captação e intercâmbio de oxigênio-atribuição do Sistema respiratório devem ser considerar um dos fenômenos vitais, isto é, capazes de caracterizar a vida e, “mutatis mutandi”, sua ausência como um dos elementos a conceituar a morte.
Paralelamente, em face do tamanho e do grau de desenvolvimento adquirido pelo ser humano, o oxigênio resultante da captação e intercâmbio que é feito apenas numa área restrita, os pulmões, carece ser distribuído pelo corpo todo. Tal distribuição é cometida ao Sistema Circulatório. De tal sorte a higidez e integridade funcional do sistema circulatório se poderá considerar outro dos fenômenos vitais cuja ausência, certamente servirá também para complementar o conceito de morte. Por derradeiro, devemos considerar que ambas estruturas morfofuncionais citadas, Sistema Respiratório e Sistema Circulatório, existem em função de atender ás necessidades de um complexo conjunto de células cuja atividade coordena todo o organismo e, ainda, possibilita toda a sua vida de relação. Referimo-nos ao Sistema Nervoso ou Sistema Neural. Assim sendo, s resulta que a própria atividade do Sistema Neural se constitui em um fenômeno vital princeps, porquanto as outras duas previamente elencadas-Respiratório e Circulatório, acabam sendo subservientes a esta (neural).
Conquanto já anunciamos que a maior grau de complexidade se segue, um maior grau de instabilidade, não resulta difícil compreender que as células do Sistema Nervoso, os neurônios, hão de ser, por força do seu próprio papel e grau de sofisticação, os mais susceptíveis as variações nos teores de oxigênio necessários a manutenção de sua elevada organização sináptica. È por isto que baixas concentrações de dióxido de oxigênio ou ausência do mesmo, acarretam prejuízos irreversíveis na sua organização, caracterizados como morte celular (morte neural).
Para complementar o raciocínio, basta lembra que os técnicos muito têm conseguido no que tange a suprir alguns fenômenos vitais pela ação de aparelhos que respiram pelo indivíduo, facilitando a hematose e que fazem o sangue circular mecanicamente. Todavia, inexiste qualquer engenho eletromecânico capaz de pensar, agir e ter emoções, que seja aplicável ao organismo humano, para supri-lhe a falta dos neurônios mortos...
É por isso, que com a destruição do nível de complexidade mais elevado, os neurônios ou a sua somatória, o Sistema Neural, acabamos, por verificar uma verdadeira desintegração da personalidade, aumento da entropia do sistema, que se transuntará na sua Morte.
Ela era a única certeza que tínhamos na vida. Agora, o avanço da ciência médico está criando dúvidas que nunca tivemos antes e revolucionando o jeito como encaramos a morte. A final de contas, quando a vida termina? Quando exatamente morremos? Como já dizia o então Papa PIO 12 “A morte não é território da igreja. Cabe aos médicos defini-la’’. Ah, quem sabe o filme “Cidades dos Anjos” com Megue e Nicolas faça entender por que a vida e a morte, estão causando tanta polêmica.
Fonte: Ética Prática de Peter Singer.
www.bioetica.ufrgs.br
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Carta de Amor de um Biólogo
CARTA DE AMOR DE UM BIÓLOGO
Você tem uma nomenclatura muito linda, mas saiba que eu te amaria mesmo que você se chamasse Ergastoplasma... Sabe que quando eu te vejo, minhas mitocôndrias entram em fermentação, a meiose se acelera e meus gametas ficam todos assanhados? É verdade porque você tem um fenótipo tão lindo que tenho uma tese de que o seu código genético foi seqüenciado por um artista muito inspirado, em plena geração espontânea.
Quando você surge, em movimentos amebóides, bela, túrgida e charmosa, começo a sentir os efeitos de reações físico-químicas em meu organismo. Seu tropismo em relação a mim afeta o córtex do meu sistema sensorial! Ao tocar sua celulósica mão, nossos glicocálix se encontram. E se seus olhos, perdidos, semelhantes a ocelos de planária, não se cansam de me fixar, é porque minha antena está ligada em você. Sua cetácea presença mexe com minhas enzimas, hormônios, meus neurotransmissores, até minha cadeia respiratória já não funciona direito, nem mesmo para a coordenação meu trêmulo tríceps. De meu frontal escorre o que restou de secreção sudorípara.
Seus ferormônios realmente me tiram de homeostase. Seus cílios e pilos me causam flagelos impensáveis. Palpitações sistólicas arrebentam meu pericárdio.
Ah, querida, e quando quero repor as perdas metabólicas e te levo a uma confeitaria para posicionar nossos níveis tróficos, a única gelatina que nos interessa é aquela biomassa saborosa que chamamos de meio de cultura!
Mas apesar de nossa relação harmônica em franca evolução, ultimamente você está num estado de isolamento do que foi nossa protoplasmática simbiose. Sabe, se você continuar me tratando com tanto acaso, vou me sentir menos que um inseto, um verme! Você dá mais atenção às suas amigas, aquela tal de Drosóphila, à Taenia, a quem, por sinal, nunca fui apresentado, do que a mim... E quem é esse tal de Rhesus, hein? Ah meu Deus! Será que estou com complexo de Golgi? Devo estar entrando naquele ciclo maldito - o ciclo de Krebs... e se esse processo seletivo continuar sou capaz de cometer uma loucura, uma apoptose.
Por favor, não me trate assim de forma virulenta, feito uma ameba ou um "Cavia porcellus porcellus", pois a estes sei que você dedica apenas olhares científicos e sem paixão. Eu não sou uma cobaia de laboratório. Eu não bacilo nem quando fico como um vibrião colérico. Espero que você deduza que o meu sonho é passear abraçadinho contigo igual a um carrapato, num lindo dia de sol, em Galápagos, dizendo para mim mesmo: Cromossomos felizes.
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Ciência&Sexo:
Diversas áreas das ciências como a Psicologia, Medicina, Fisiologia e Biologia, elegem como prioridade atual dar ao planeta um sexo bem melhor. Pênis erguidos por substancias biológicas, órgãos sexuais mapeados milimetricamente, orgasmos cuidadosamente planejados no laboratório. Afinal, como a ciência pode melhorar a sua vida sexual? Vamos agora viajar pelo mundo magnífico da CIENCIA DO SEXO.
O ano era 1954. Masturbação era pecada, Impotência, ejaculação precoce, anorgasmia, fetiche, sexo oral, sexo anal, prazer, homossexualismo era crime, posições sexuais que se soubesse, havia uma só. Orgasmos múltiplos, clitóris não eram assuntos para serem discutidos á mesa. Alias, não era assunto em lugar nenhum. Naquele ano, um fisiologista da Universidade do Missouri iniciava seu projeto de pesquisa.
Bill Masters era o nome dele. Masters estava interessado em algo que a ciência até então ignorava redondamente: os mecanismos de prazer. E saiu, por aí dizendo que as pessoas, em especial as mulheres, as mais oprimidas na cama, e não apenas pelo peso dos corpulentes maridos, têm direito a gozar, afinal a mulher é de fundamental importância para reprodução humana. Masters publicou seus achados com a co-autoria de Virginia Johsonm, com quem, depois de anos de discutindo sobre sexo, acabaria se casando e juntos abriram o caminho para hoje.
Agora sexo é algo natural, está provado. Natural e faz bem, provou-se também. Quem tem uma vida sexual saudável tem índices menores de estresse, o que pode repercutir em vários aspectos da vida, desde melhorando a pele até atrasando a morte, ao prevenir doenças sérias. Por isso que algumas cobras mantêm relações sexuais que podem chegar até 24 horas de pleno deleite copular. Há Viagra nas farmácias, terapeutas sexuais em cada esquina, livros prometendo um caminho mais fácil e rápido ao nirvana orgásmico. Milhares de especialistas se dedicam a aumentar o prazer da humanidade, seja com mágicas bioquímicas, utilizando a mente ou resgatando técnicas milenares nos laboratórios. Temos direito ao orgasmo. Temos direito ao prazer.
Em 1998 a Pfizer exorcizou o fantasma da impotência, Foi sem querer, o Viagra era um remédio para tratar pressão alta, a ereção foi apenas um bem-vindo efeito colateral. Mas depois disto, parecia não haver limites para os recursos da indústria farmacêutica na luta pelo prazer, libido. O viagra, medicamento mais vendido do Brasil, país tropical, oitava maior economia do planeta e o país mais ciumento do mundo, conhece o medicamento como vulgar diamante azul, apelido devido sua forma e cor do comprimido, acaba de ganhar dois aliados nessa luta. Alias aliado coisa nenhuma. Eles são concorrentes de peso no já imenso mercado de drogas contra impotência que movimentam mais de 100 milhões de dólares ao ano no país.
Todos eles agem de maneira parecida. Eles bloqueiam temporariamente a PDE5, uma enzima que funciona como comporta da represa que é o pênis. Explicando: uma ereção acontece porque a excitação masculina provoca o relaxamento dos músculos nos corpos cavernosos do pênis. Relaxados, eles viram uma esponja e encharcada de sangue. Aí o dito-cujo fica duro. Se ficasse duro por duas ou três horas, o pinto caía. Sangue para você já sabe gangrena. Para evitar está grande tragédia, o corpo produz a tal PDE5, que solta o sangue e o deixar voltar a circular. Os princípios ativos do Viagra, do Levitra e Cialis são sutilmente diferentes, porém, todos fazem o mesmo: desligam o PDE5. Os dois remédios novos chegam prometendo vantagens, embora não haja ainda pesquisas comparativas. O levitra age mais rápido em 15 minutos, contra 40 minutos do viagra e tem menos efeitos colaterais, não causa alteração na visão, mas, assim como os concorrentes, podem dar dor de cabeça e entupir o nariz. Já a Cialis aposta na duração do efeito. Quem toma amêndoa amarela fica sujeito e ereções a qualquer estímulo por até 34 horas, contra menos de oito horas para seus concorrentes.
O uso recreativo dos medicamentos principalmente o viagra pode causar dependência química, pois é uma droga. A indústria do remédio lucra muito, pois o medicamento é vendido muitas vezes sem receite azul e as próprias empresas acham que não só melhoraram o sexo, mas, também a saúde destes indivíduos.
Mas talvez a chave de um bom sexo não esteja nos remédio. Mas em nós mesmos. Um exemplo disto é que antes de Masters, Johnson e Kinsey abrissem as portas para a busca do tal prazer no “ponto G”. O fugido pedacinho de pele que fica num lugar bem acessível, na parede superior da vagina, a mais ou menos meio dedo de profundidade, em frente ao clitóris, só que do lado de dentro. Acha-lo é fácil. Basta colocar o dedo dentro da vagina, com a ponta dele encostada-se ao teto, e ir afundando. Você vai notar que a parede vai ficando cada vez mais alta até chegar a um ponto culminante, antes de começar a baixar de novo.
Esse ponto culminante é o ponto G. O ponto G vem em homenagem ao pesquisador e ginecologista alemão Grafemberg que descobriu tal ponto em 1950 e morreu sete anos depois, isto é, antes da fama.
Nos anos 70, dois médicos americanos que tratavam mulheres com incontinência urinária, notaram que algumas mulheres tinham a Musculatura Pulbococcígeo o PC, músculo que serve para fechar a passagem de urina, algumas se apresentavam forte e outras tinham o PC fraco. Quem têm este problema urinário, como é de se esperar, ele é fraquinho. Estranho uma pessoa com esta musculatura tão desenvolvida não segurar o xixi. Outra coisa intrigante, ela só tinham incontinência em uma situação: durante o sexo. Mais especificamente durante o orgasmo ou depois dele.
Em meados dos idos de 1980 da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, dois médicos, chamados de Perry e Beverly encontraram uma explicação para o dito cujo. As mulheres não sofriam de incontinência urinária. O líquido que elas soltavam não era urina. Ele vinha do canal da uretra, era um líquido inodoro e sua composição semelhante à do fluído da próstata masculina, que mistura ao espermatozóide para forma o esperma. Em resumo: as mulheres estavam ejaculando. A ejaculação feminina não é novidade: povos da áfrica e Ásia já o conhecem há tempos. Porém a ciência ocidental nunca ligou para isto porque, jamais tinha se preocupado com o orgasmo, principalmente o feminino.
Pressão no períneo. Ejaculação feminina. Ponto G. tudo isso tem soado como novidade no Ocidente. Mas, no Oriente, essas coisas são mais velhas que Confúcio. Eles conhecem o poder do períneo há três milênios. Na China, o País mais populoso do planeta chamam essa região de “ponto de 1 milhão de moedas de ouro”, para informar o quanto valia o conselho de um sábio que ensinasse onde ele era. Árabes e indianos também tinham complexos manuais de sexo.
Será que isso prova que a ciência ocidental não vale nada diante da sabedoria ancestral oriental? Claro que não. Prova só que a nossa sociedade renegou a pesquisa sobre o prazer.Deixo num segundo plano..
A idéia básica é que todo mundo, inclusive os homens; é capaz de obter orgasmos múltiplos. Sim meu caro aluno, você leu certo. Para tal feito, tudo que os indivíduos masculinos devem fazer é simples: aprender a ter orgasmo sem ejacular. Vamos aos passos. Primeiro fortalecer o tal PC Pulbococcígeo. Para saber qual é esse músculo, comece a urinar e no meio da revolução, interrompa o fluxo. Pronto, você achou o PC. Contrair e relaxar várias vezes quer lembrar é o ideal.
Você deve prestar atenção no outro. É dessa atenção mútua que a obsessão por performance pode nos afastar. Orgasmo é bom. Mas é só um dos momentos da relação. Sexo se faz a dois (não necessariamente a dois, pode ser a três ou a quatro). Normalmente num quarto fechado, longe do debate público, das promessas das Indústrias farmacêuticas. O que acontece por lá é assunto só seu e de que estar com você. Se você tem prazer sem nada de problemas, parabéns.
Se não faz sexo nunca ou quase nunca, mais tira de algum lugar o conforto para seguir vivendo sem muito estresse, como acontece com muitas pessoas, fique a vontade. Já passamos tempo demais tendo que ouvir os outros nos dizerem o que fazer na cama. A ciência está empenhada em tornar o seu sexo cada vez melhor e dar algumas fórmulas do prazer.
Fonte: Revista Super Interessante
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