É verdade que café com leite diminui o raciocínio?

Ciência&Sexo:

A CIÊNCIA x SEXO

Diversas áreas das ciências como a Psicologia, Medicina, Fisiologia e Biologia, elegem como prioridade atual dar ao planeta um sexo bem melhor. Pênis erguidos por substancias biológicas, órgãos sexuais mapeados milimetricamente, orgasmos cuidadosamente planejados no laboratório. Afinal, como a ciência pode melhorar a sua vida sexual? Vamos agora viajar pelo mundo magnífico da CIENCIA DO SEXO.
O ano era 1954. Masturbação era pecada, Impotência, ejaculação precoce, anorgasmia, fetiche, sexo oral, sexo anal, prazer, homossexualismo era crime, posições sexuais que se soubesse, havia uma só. Orgasmos múltiplos, clitóris não eram assuntos para serem discutidos á mesa. Alias, não era assunto em lugar nenhum. Naquele ano, um fisiologista da Universidade do Missouri iniciava seu projeto de pesquisa.
Bill Masters era o nome dele. Masters estava interessado em algo que a ciência até então ignorava redondamente: os mecanismos de prazer. E saiu, por aí dizendo que as pessoas, em especial as mulheres, as mais oprimidas na cama, e não apenas pelo peso dos corpulentes maridos, têm direito a gozar, afinal a mulher é de fundamental importância para reprodução humana. Masters publicou seus achados com a co-autoria de Virginia Johsonm, com quem, depois de anos de discutindo sobre sexo, acabaria se casando e juntos abriram o caminho para hoje.
Agora sexo é algo natural, está provado. Natural e faz bem, provou-se também. Quem tem uma vida sexual saudável tem índices menores de estresse, o que pode repercutir em vários aspectos da vida, desde melhorando a pele até atrasando a morte, ao prevenir doenças sérias. Por isso que algumas cobras mantêm relações sexuais que podem chegar até 24 horas de pleno deleite copular. Há Viagra nas farmácias, terapeutas sexuais em cada esquina, livros prometendo um caminho mais fácil e rápido ao nirvana orgásmico. Milhares de especialistas se dedicam a aumentar o prazer da humanidade, seja com mágicas bioquímicas, utilizando a mente ou resgatando técnicas milenares nos laboratórios. Temos direito ao orgasmo. Temos direito ao prazer.
Em 1998 a Pfizer exorcizou o fantasma da impotência, Foi sem querer, o Viagra era um remédio para tratar pressão alta, a ereção foi apenas um bem-vindo efeito colateral. Mas depois disto, parecia não haver limites para os recursos da indústria farmacêutica na luta pelo prazer, libido. O viagra, medicamento mais vendido do Brasil, país tropical, oitava maior economia do planeta e o país mais ciumento do mundo, conhece o medicamento como vulgar diamante azul, apelido devido sua forma e cor do comprimido, acaba de ganhar dois aliados nessa luta. Alias aliado coisa nenhuma. Eles são concorrentes de peso no já imenso mercado de drogas contra impotência que movimentam mais de 100 milhões de dólares ao ano no país.
Todos eles agem de maneira parecida. Eles bloqueiam temporariamente a PDE5, uma enzima que funciona como comporta da represa que é o pênis. Explicando: uma ereção acontece porque a excitação masculina provoca o relaxamento dos músculos nos corpos cavernosos do pênis. Relaxados, eles viram uma esponja e encharcada de sangue. Aí o dito-cujo fica duro. Se ficasse duro por duas ou três horas, o pinto caía. Sangue para você já sabe gangrena. Para evitar está grande tragédia, o corpo produz a tal PDE5, que solta o sangue e o deixar voltar a circular. Os princípios ativos do Viagra, do Levitra e Cialis são sutilmente diferentes, porém, todos fazem o mesmo: desligam o PDE5. Os dois remédios novos chegam prometendo vantagens, embora não haja ainda pesquisas comparativas. O levitra age mais rápido em 15 minutos, contra 40 minutos do viagra e tem menos efeitos colaterais, não causa alteração na visão, mas, assim como os concorrentes, podem dar dor de cabeça e entupir o nariz. Já a Cialis aposta na duração do efeito. Quem toma amêndoa amarela fica sujeito e ereções a qualquer estímulo por até 34 horas, contra menos de oito horas para seus concorrentes.
O uso recreativo dos medicamentos principalmente o viagra pode causar dependência química, pois é uma droga. A indústria do remédio lucra muito, pois o medicamento é vendido muitas vezes sem receite azul e as próprias empresas acham que não só melhoraram o sexo, mas, também a saúde destes indivíduos.
Mas talvez a chave de um bom sexo não esteja nos remédio. Mas em nós mesmos. Um exemplo disto é que antes de Masters, Johnson e Kinsey abrissem as portas para a busca do tal prazer no “ponto G”. O fugido pedacinho de pele que fica num lugar bem acessível, na parede superior da vagina, a mais ou menos meio dedo de profundidade, em frente ao clitóris, só que do lado de dentro. Acha-lo é fácil. Basta colocar o dedo dentro da vagina, com a ponta dele encostada-se ao teto, e ir afundando. Você vai notar que a parede vai ficando cada vez mais alta até chegar a um ponto culminante, antes de começar a baixar de novo.
Esse ponto culminante é o ponto G. O ponto G vem em homenagem ao pesquisador e ginecologista alemão Grafemberg que descobriu tal ponto em 1950 e morreu sete anos depois, isto é, antes da fama.
Nos anos 70, dois médicos americanos que tratavam mulheres com incontinência urinária, notaram que algumas mulheres tinham a Musculatura Pulbococcígeo o PC, músculo que serve para fechar a passagem de urina, algumas se apresentavam forte e outras tinham o PC fraco. Quem têm este problema urinário, como é de se esperar, ele é fraquinho. Estranho uma pessoa com esta musculatura tão desenvolvida não segurar o xixi. Outra coisa intrigante, ela só tinham incontinência em uma situação: durante o sexo. Mais especificamente durante o orgasmo ou depois dele.
Em meados dos idos de 1980 da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, dois médicos, chamados de Perry e Beverly encontraram uma explicação para o dito cujo. As mulheres não sofriam de incontinência urinária. O líquido que elas soltavam não era urina. Ele vinha do canal da uretra, era um líquido inodoro e sua composição semelhante à do fluído da próstata masculina, que mistura ao espermatozóide para forma o esperma. Em resumo: as mulheres estavam ejaculando. A ejaculação feminina não é novidade: povos da áfrica e Ásia já o conhecem há tempos. Porém a ciência ocidental nunca ligou para isto porque, jamais tinha se preocupado com o orgasmo, principalmente o feminino.
Pressão no períneo. Ejaculação feminina. Ponto G. tudo isso tem soado como novidade no Ocidente. Mas, no Oriente, essas coisas são mais velhas que Confúcio. Eles conhecem o poder do períneo há três milênios. Na China, o País mais populoso do planeta chamam essa região de “ponto de 1 milhão de moedas de ouro”, para informar o quanto valia o conselho de um sábio que ensinasse onde ele era. Árabes e indianos também tinham complexos manuais de sexo.
Será que isso prova que a ciência ocidental não vale nada diante da sabedoria ancestral oriental? Claro que não. Prova só que a nossa sociedade renegou a pesquisa sobre o prazer.Deixo num segundo plano..
A idéia básica é que todo mundo, inclusive os homens; é capaz de obter orgasmos múltiplos. Sim meu caro aluno, você leu certo. Para tal feito, tudo que os indivíduos masculinos devem fazer é simples: aprender a ter orgasmo sem ejacular. Vamos aos passos. Primeiro fortalecer o tal PC Pulbococcígeo. Para saber qual é esse músculo, comece a urinar e no meio da revolução, interrompa o fluxo. Pronto, você achou o PC. Contrair e relaxar várias vezes quer lembrar é o ideal.
Você deve prestar atenção no outro. É dessa atenção mútua que a obsessão por performance pode nos afastar. Orgasmo é bom. Mas é só um dos momentos da relação. Sexo se faz a dois (não necessariamente a dois, pode ser a três ou a quatro). Normalmente num quarto fechado, longe do debate público, das promessas das Indústrias farmacêuticas. O que acontece por lá é assunto só seu e de que estar com você. Se você tem prazer sem nada de problemas, parabéns.
Se não faz sexo nunca ou quase nunca, mais tira de algum lugar o conforto para seguir vivendo sem muito estresse, como acontece com muitas pessoas, fique a vontade. Já passamos tempo demais tendo que ouvir os outros nos dizerem o que fazer na cama. A ciência está empenhada em tornar o seu sexo cada vez melhor e dar algumas fórmulas do prazer.

Fonte: Revista Super Interessante

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